O deputado federal Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista ao programa CQC da Rede Bandeirantes, na qual a cantora Preta Gil também participou, e se envolveu numa enorme polêmica, ao expressar suas opiniões contra gays e negros. Esta, sentindo-se atingida e ofendida, está agora mobilizando seus advogados para entrar com um processo contra o entrevistado.
A declaração dada por Bolsonaro no programa, em resposta a Preta Gil, foi que “um filho seu não se casaria com uma negra, por não ser promíscuo”. Uma declaração tão absurda que o próprio apresentador da atração, Marcelo Tas, cogitou em seguida, que o deputado não tivesse entendido a pergunta. E essa foi exatamente a justificativa dele, ao dizer que não tinha entendido que a questão se referia ao homossexualismo e não ao racismo. Ou seja, ele mudou o foco, provavelmente instruído por seus advogados, já que no Brasil o racismo é crime e a homofobia não.
O deputado também se mostrou contra as cotas raciais, afirmando que não aceitaria ser operado por um médico cotista. Colocado no “paredão” por suas declarações, a verdade é que o deputado estava apenas expondo a sua opinião, e isso não o caracteriza como intolerante, é apenas o ponto de vista dele, que não tem que ser igual ao das outras pessoas.
Todos devem ter direito a opinião e liberdade de expressão. A própria sociedade deve se encarregar de filtrar o que for nocivo. Não devemos nos esquecer que Bolsonaro representa parte daqueles que votaram nele, e enquanto suas declarações não atingirem o nível de ofensas e intolerância, a liberdade de expressão ainda deve ser um direito garantido para todo cidadão.
Texto desenvolvido pela aluna Mirian Diehl do 1º semestre de RP.
Ela ainda indica dois vídeos sobre a polêmica:
1- http://www.youtube.com/watch?v=UrLpLXe-q08 (Entrevista, exibida em 28/03/2011)
2-http://www.youtube.com/watch?v=GwqQuMMUhag (Réplica do Deputado, exibida em 04/04/2011)Vale lembrar que este é um blog de alunos, portanto, vocês podem enviar matérias para nós publicarmos!
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