A professora de Leitura e Produção de Texto, Gabriela Vieira, inspirou os alunos do 3º semestre de RP a escreverem poesias para um trabalho. Em razão do sucesso estamos divulgando para todos.
Agência Brain
Mil coisas aqui se passam
Eu já não sei mais o que é verdade,
Eu já não sei mais o que é verdade,
O que é real, o valor da vida
Tudo se perdeu,
Nada mais faz sentido
Nada de mim restou,
Agora basta apenas a lembrança,
Esquecida seria se pudesse,
Os erros já não têm mais condições de serem entendidos,
E o que era para se entender, não mais existe
O vento levou com ele os meus sentimentos,
Meu mundo...
O hoje, talvez, o amanhã
Que pudera não me caber
Flash no escuro e eu não sei mais,
Sem sua presença nada basta...
Nem choro, nem nuvem, nem pedaços.
Some no infinito todas as coisas do meu coração...
Original: “Tanto de meu estado
me acho incerto”. Luís de Camões.
Momentos esquecidos
Cada foto, cada momento.
Só existe em pensamento
Mas nenhum argumento
Que me diz onde foram parar
Cada felicidade ali encontrada
Onde a alegria ficou estampada
Ninguém para me explicar
Onde foram esquecidos
Os momentos que fazem à vida.
Mas nenhum argumento
Que me diz onde foram parar
Cada felicidade ali encontrada
Onde a alegria ficou estampada
Ninguém para me explicar
Onde foram esquecidos
Os momentos que fazem à vida.
Livre
Eu não quero nada, apenas quero ser,
Livre!
Não me preocupo com o ama
nhã, apenas quero ser,
Livre!
Outro lindo,
Outro lindo, dia,
O que fazer?
Ser apenas,
Livre!
Livre no lindo dia,
lindo dia, para ser,
Livre!
Eu estou procurando por vida,
procurando por risos,
Procurando ser,
Livre!
Diga-me o que você vê,
As pessoas no mundo querendo ser,
Livres!
Eu não quero nada, apenas quero ser,
Livre!
Não me preocupo com o ama
nhã, apenas quero ser,
Livre!
Outro lindo,
Outro lindo, dia,
O que fazer?
Ser apenas,
Livre!
Livre no lindo dia,
lindo dia, para ser,
Livre!
Eu estou procurando por vida,
procurando por risos,
Procurando ser,
Livre!
Diga-me o que você vê,
As pessoas no mundo querendo ser,
Livres!
As coisas estão mundando,
elas nunca permanecem as mesmas
É por isso que estou lutando,
Lutando Para ser,
Livre!
Passe-me uma bebida, duas talvez,
uma pra mim outra pra vocês,
E assim seremos,
Livres!
uma pra mim outra pra vocês,
E assim seremos,
Livres!
Aqui o vento faz curvas,
tudo muda,
Acho que terei de entrar,
Quanto tempo? Quanto tempo me deixará neste lugar?
tudo muda,
Acho que terei de entrar,
Quanto tempo? Quanto tempo me deixará neste lugar?
Agora tudo mudou,
já me preocupo com o amanhã,
Acho que terei de esperar, ventos alísios soprar,
E assim serei,
Livre!
já me preocupo com o amanhã,
Acho que terei de esperar, ventos alísios soprar,
E assim serei,
Livre!
Livre para te encontrar!
Original: “Todas as cartas de amor
são ridículas”. Fernando Pessoa
sobre o pseudônimo de Álvaro Campos.
ILUSTRE
SERÁ ARTE?
Não sou uma parte,
O pequeno cresceu
Hoje eu sou
Um grande que nasceu
Não sou uma parte,
Demonstro apenas o começo
Hoje eu sou
Visto pelo avesso
Não sou uma parte,
Me jogo na emoção
Hoje eu sou
Somente um coração
Não sou uma parte,
Sou o meu amanhecer
Hoje eu sou
O seu anoitecer
Não sou uma parte,
Sou jogado ao mundo
Hoje eu sou
Um viajante profundo
Não sou uma parte,
Tudo se completa
Hoje eu sou
Uma grande descoberta
Pego na jugular de Gullar
E lhe olho nos olhos
Não sou vida nem morte
Sim, sou arte.
O pequeno cresceu
Hoje eu sou
Um grande que nasceu
Não sou uma parte,
Demonstro apenas o começo
Hoje eu sou
Visto pelo avesso
Não sou uma parte,
Me jogo na emoção
Hoje eu sou
Somente um coração
Não sou uma parte,
Sou o meu amanhecer
Hoje eu sou
O seu anoitecer
Não sou uma parte,
Sou jogado ao mundo
Hoje eu sou
Um viajante profundo
Não sou uma parte,
Tudo se completa
Hoje eu sou
Uma grande descoberta
Pego na jugular de Gullar
E lhe olho nos olhos
Não sou vida nem morte
Sim, sou arte.
Agência Pandora
Essa coisa...
Nome não possuo.
Possuo Etiquetas,
Etiquetas que dançam ao som do tempo
Quem sou afinal?
Uma pergunta em vão
Em meu peito apenas
Uma leve sensação
Que parte de um crescente
Um crescente que não há quem dome
Afinal, do que gosto?
Qual é meu nome?
A resposta não sei,
Pois o rótulo me consome.
Nome não possuo.
Possuo Etiquetas,
Etiquetas que dançam ao som do tempo
Quem sou afinal?
Uma pergunta em vão
Em meu peito apenas
Uma leve sensação
Que parte de um crescente
Um crescente que não há quem dome
Afinal, do que gosto?
Qual é meu nome?
A resposta não sei,
Pois o rótulo me consome.
Original: “Eu, Etiqueta”
Carlos Drummond de Andrade
Agencia Plugway
Todos aqueles que se apaixonam são humanos
Humanos.
Não se apaixonariam se não fossem
Humanos.
Também em meu tempo me apaixonei
Como os outros
Humanos.
Os apaixonados para se apaixonarem
Têm de ser
Humanos.
Mas, afinal
Só aqueles que nunca quiseram estar
Apaixonados
É que são
Humanos.
Quem me dera no meu tempo
Não me
Apaixonar e mesmo assim ser
Humano.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Continuam sendo de um apaixonado
Que sempre vai ser
Humano.
Que tem sentimentos de amor
São naturalmente
Humanos.)
Fernando Pessoa
sob o pseudônimo de Álvaro de Campos.
Redatores: Carla Furlan, Cayo Vinicius, Edymara Santos, Francielly Soares, Mabile Teixeira, Patricia Lopes, Roberto Kazuo.
Professor orientador: Eliasar Almeida.
Professor orientador: Eliasar Almeida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário