Vivendo num tempo hedonista, a geração atual não pode esperar. Tudo é movido pela pressa, pela rapidez, pelo imediatismo. Crianças amadurecem rapidamente, querendo tornar-se adolescentes o quanto antes, afinal, o mundo é dos jovens, certo?
Tudo é feito para eles: música, roupas, propagandas, principalmente a linguagem. Não só as crianças, mas também os adultos querem ser jovens. E cada vez mais, pais adquirem comportamentos e atitudes parecidas com a de seus filhos, todos querem viver essa cultura jovem, que é uma mistura de diversidade, alienação, individualidade, valorização da imagem, liberdade e experimentação.
O que podemos ver no mundo jovem atual? A busca exagerada pela aparência perfeita, a exaltação excessiva da beleza, o desapego por qualquer religião e descrença em projetos coletivos e na política em geral. Essa geração passa por mais experiências voltadas para o virtual do que para o real, não querem a vida adulta, nem sair da casa dos pais, porque já possuem as partes boas de ser “gente grande”: eles têm liberdade, carro, saem e voltam a hora que querem, têm boa relação com os pais, pois esses não são tão conservadores como antigamente.
Não nos causa mais espanto quando nos deparamos com o consumo de drogas e bebidas alcoólicas. Os jovens querem se divertir e com esse objetivo são guiados pelo pensamento do “eu mereço”. A sociedade em geral segue essa linha de raciocínio, trabalham muito, estudam muito e, portanto, merecem tudo aquilo que desejam e merecem se dar ao luxo de cometer pequenos (ou grandes) prazeres.
Somos a geração do conformismo, da idolatria pela cultura americana, da dependência da tecnologia, da ditadura da beleza e do consumismo exagerado. Somos metamorfoses ambulantes, sempre querendo e buscando o novo, o inalcançável, de preferência para ontem.
Texto desenvolvido pelos alunos do 1º semestre de Comunicação Visual.
Agência: Tendência Comunicação
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